Sua Excelência, O Fato #115

O recesso de duas semanas do Congresso Nacional não será necessariamente um período e paz política em Brasília. Depois de desobstruir o intestino numa ação médico-midiática que levou cinco dias, Jair Bolsonaro retorna ao Palácio do Planalto para operar a caneta com a qual vem impondo retrocessos e chantagens ao País. O mais recente desses episódios foi a responsabilização que ele impingiu ao 1º vice-presidente da Câmara, Marcelo Ramos (PL-AM), de ter sido o autor do absurdo aumento do Fundo Eleitoral Público de R$ 2 bilhões para R$ 5,7 bilhões – quando, na verdade, a triplicação da verba para uso eleitoral foi um acerto entre Bolsonaro e as lideranças do Centrão. Ou seja, foi mais um combustível destinado a operar a centelha da máquina que segura o presidente na cadeira porque o presidente da Câmara, Arthur Lira, sustentado pelo Centrão, não acata pedido algum de impeachment dentre os 123 que dormem em suas gavetas. Marcelo Ramos, deputado pelo Amazonas, e o jornalista Hélio Doyle, são os convidados do programa de hoje.

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