Mais de 17 milhões de brasileiros moram na periferia das grandes cidades brasileiras. Reunido numa Nação, tamanho contingente seria maior que Portugal; ou duas vezes e meia a população do Paraguai. Reunidos em aglomerados que se convencionou chamar “favela”, “complexo” ou, popularmente, “quebrada”, são aglomerados que têm vida própria e singular. São, também, áreas massacradas por ações policiais assassinas, como a ocorrida há três semanas no Complexo do Jacarezinho, no Rio de Janeiro. Em geral, o Estado e suas polícias enxergam com preconceito o cidadão da periferia, da favela, da quebrada. Mas é ali que pulsa o País, é nesses aglomerados onde se concentram os brasileiros das classes C, D e E e que, neste momento, sentem de forma mais aguda e profunda a crise humanitária do Brasil: há fome e desemprego nas periferias brasileiras, além da epidemia de medo. Preto Zezé, presidente nacional da CUFA – Central Única das Favelas – é o convidado de hoje do Sua Excelência, O Fato e tratará com propriedade do tema.