Fernando Haddad, que saiu das urnas de 2018 com mais de 47 milhões de votos, disse em entrevista aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva, no programa Sua Excelência, O Fato (link abaixo), que “o povo vai retomar, nas ruas, as rédeas do País”. Ele convocou os brasileiros a participarem das manifestações convocadas em diversas cidades para este sábado, dia 29 de maio, contra Jair Bolsonaro e a administração dele, que conduz o Brasil ao genocídio. “Podem ter certeza que o Brasil está esperando sair às ruas com segurança. E não vai ser pequena a manifestação”, diz Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo. E ressalva: “não estou falando apenas da próxima. Temos um ano e meio até a eleição. Este Pàís vai tormar as ruas para virar esta página”.
Bolsonaro é “a página” à qual se refere Fernando Haddad. Para ele, há um projeto sórdido de matança dos brasileiros a partir da trágica gestão do governo atual no enfrentamento à pandemia por coronavírus. “A morte é estratégia deles”, adverte Haddad ainda discorreu em torno da violência, da exclusão e dos genocídios na construção da História brasileira. “Nossa História é marcada por diversos genocídios. Esse não é o primeiro”, diz ele.
Na entrevista, o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo afirma antever uma mudança qualitativa na composição do Congresso Nacional a partir das eleições de 2022. “Muitos negros, mulheres, muitos integrantes de movimentos minoritários da sociedade obtiveram a escolaridade superior por causa dos governos Lula e Dilma, do Prouni, do FIES, e eles chegarão agora aos Parlamentos”, diz Haddad. “O fenômeno já ocorreu em diversas Câmaras de Vereadores em 2020 e vai ser ampliado para o Congresso e assembleias estaduais”.
Fernando Haddad ainda reafirma ser “absolutamente necessário” que os diversos matizes de oposição a Jair Bolsonaro façam desde já uma aliança clara mirando o 2º turno de 2022 – além de um pacto de debate do Brasil e não-agressão no 1º turno – e crê não haver, até aqui, uma “terceira via” viável e colocada claramente na cena política. Para ele, Ciro Gomes está deslocado e sem espaço no cenário.