Da Plataforma Brasília
O Ministério Público Federal recebeu denúncia da existência de um “gabinete paralelo” do Ministério do Desenvolvimento Regional. Nele, seriam decididas dotações orçamentárias para obras tocadas pela pasta. Lá, dizem as más línguas (ou boas?), são ainda repartidos os lotes a serem entregues a empreiteiras signatárias do esquema. O bunker funciona numa residência do Lago Sul, entre as QLs 4 e 8, abriga duas empresas de construção civil de médio porte (uma delas em recuperação judicial) e está sendo monitorado por investigadores. Entre as obras acertadas no “gabinete paralelo”, diversas delas já integram o rol já sob investigação na Codevasf – Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Rios São Francisco e Parnaíba. O núcleo prioritário de ataque do bando é a divisão dos trechos das obras de transposição do São Francisco. Segundo relato feito a investigadores, um lobista egresso de uma empreiteira do sul do País costura os acertos com parceiros privados e presta contas a um “coordenador informal” do gabinete na Esplanada dos Ministérios.