Depois de 1 ano da 1ª morte, covid já mata uma pessoa por minuto no Brasil

VALQUÍRIA HOMERO
17.mar.2021 (quarta-feira) – 6h00
atualizado: 17.mar.2021 (quarta-feira) – 7h13

O Ministério da Saúde confirmou a 1ª morte por covid-19 em 17 de março de 2020. Um ano depois, as autoridades notificaram mais de 282 mil vítimas no país.

Durante esse período foram, em média, 32 mortes confirmadas a cada hora e 775 registros por dia. O ritmo atual da pandemia, contudo, é o mais intenso já observado até o momento. Neste mês de março, são 1.699 mortes por dia, o que equivale a 71 por hora ou 1,18 morte por minuto.

O número total de mortes confirmadas é superior às populações de cidades como Barueri (SP), Juazeiro do Norte (CE) e Volta Redonda (RJ).

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A média móvel de novas vítimas ultrapassa picos sucessivos desde 24 de fevereiro. Atingiu 1.965 na 3º feira (16.mar.2021), dia em que o país também registrou novo recorde no número de mortes confirmadas (2.841).

Mas o coronavírus atinge de forma diferente cada parte do Brasil. No Amazonas, por exemplo, o ritmo de mortes diminuiu.

O Estado enfrentou uma crise de falta de oxigênio no início de fevereiro. A média móvel chegou à máxima de 149 no dia 4 daquele mês. Nessa 3ª (16.mar), a curva estava em 40.

No Rio Grande do Sul, por outro lado, as mortes dispararam. A média móvel chegou a 253, também na 3ª (16.mar). Há um mês, a curva estava em 42.

Poder360 preparou um gráfico interativo com a evolução da média móvel de mortes em cada unidade da Federação.

Você pode selecionar um único Estado ou vários, para comparar as curvas. Passe o cursor sobre as linhas para visualizar os valores e as datas.https://flo.uri.sh/visualisation/5586981/embed?auto=1A Flourish chart

Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm médias acima de 1.000.

PANORAMA NACIONAL

O infográfico abaixo, também interativo, detalha o número de mortes confirmadas a cada dia, bem como a média móvel de novas vítimas. A área destacada indica o ponto em que a curva começou a sequência de novas máximas.https://flo.uri.sh/visualisation/5587528/embed?auto=1A Flourish chart

Março se encaminha para se tornar o pior mês da pandemia. Com 16 dias transcorridos, detém os 10 dias com mais registros de mortes.

Levantamento do Poder360 indica que, mantido este ritmo, março também pode se tornar o mês com mais vítimas de coronavírus por data real.

Isso significa que os números elevados observados nas últimas semanas não são apenas de mortes de períodos anteriores que estão sendo confirmadas agora. Mais pessoas estão efetivamente sucumbindo à doença.

É o que sugerem dados preliminares do Ministério da Saúde e explicados pelo Poder360 nesta reportagem.

ENTENDA A MÉDIA MÓVEL

Os números de mortes confirmadas sofrem flutuações. Em finais de semanas e feriados, há menos servidores trabalhando na contabilização dos dados. Os registros diminuem, efeito que se reflete também nas segundas-feiras.

O Ministério da Saúde também registrou diversos casos de dados represados no ano passado. As informações acumuladas por 2 dias ou mais, quando atualizadas, criam picos artificiais no número de confirmações.

A média móvel suaviza essas variações abruptas.

Como ela é calculada: a média móvel em 7 dias, como o nome sugere, consiste em somar o número de mortes confirmadas a cada dia pelo intervalo de 7 dias consecutivos. Depois, divide-se o total por 7. Assim, calcula-se a média de registros diários naquele intervalo de tempo.

Queda e alta de mortes: especialistas usam a média móvel para determinar se as mortes estão desacelerando, estáveis ou em alta. Compara-se a média móvel de uma data com o registrado há duas semanas.

Se a variação for de -15% ou menos, considera-se que o ritmo de mortes diminuiu. Se for superior a 15%, as mortes estão em ascensão. Caso a variação fique entre esses 2 percentuais (15% e -15%), a progressão é considerada estável.

Por essa análise, a média de mortes está estável na Bahia e em Roraima e em queda no Amazonas e Rio de Janeiro. Em todas as outras unidades da Federação, a curva de mortes está em alta.

Há limitações nessa análise. Em Estados onde a média móvel está baixa, as variações percentuais são mais elevadas. Por exemplo: se a média móvel é 1 em determinado dia, e no dia seguinte vai para 2, a variação foi de 100%.

Leia clicando aqui o texto original publicado no Poder360: VALQUÍRIA HOMERO 17.mar.2021 (quarta-feira) – 6h00 atualizado: 17.mar.2021 (quarta-feira) – 7h13 O Ministério da Saúde confirmou a 1ª morte por covid-19 em 17 de março de 2020. Um ano depois, as autoridades notificaram mais de 282 mil vítimas no país. Durante esse período foram, em média, 32 mortes confirmadas a cada hora e 775 registros por dia. O ritmo atual da pandemia, contudo, é o mais intenso já observado até o momento. Neste mês de março, são 1.699 mortes por dia, o que equivale a 71 por hora ou 1,18 morte por minuto. O número total de mortes confirmadas é superior às populações de cidades como Barueri (SP), Juazeiro do Norte (CE) e Volta Redonda (RJ). Receba a newsletter do Poder360 todos os dias no seu e-mail seu e-mail A média móvel de novas vítimas ultrapassa picos sucessivos desde 24 de fevereiro. Atingiu 1.965 na 3º feira (16.mar.2021), dia em que o país também registrou novo recorde no número de mortes confirmadas (2.841). Mas o coronavírus atinge de forma diferente cada parte do Brasil. No Amazonas, por exemplo, o ritmo de mortes diminuiu. O Estado enfrentou uma crise de falta de oxigênio no início de fevereiro. A média móvel chegou à máxima de 149 no dia 4 daquele mês. Nessa 3ª (16.mar), a curva estava em 40. No Rio Grande do Sul, por outro lado, as mortes dispararam. A média móvel chegou a 253, também na 3ª (16.mar). Há um mês, a curva estava em 42. O Poder360 preparou um gráfico interativo com a evolução da média móvel de mortes em cada unidade da Federação. Você pode selecionar um único Estado ou vários, para comparar as curvas. Passe o cursor sobre as linhas para visualizar os valores e as datas. Flourish logoA Flourish chart Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina têm médias acima de 1.000. PANORAMA NACIONAL O infográfico abaixo, também interativo, detalha o número de mortes confirmadas a cada dia, bem como a média móvel de novas vítimas. A área destacada indica o ponto em que a curva começou a sequência de novas máximas. Flourish logoA Flourish chart Março se encaminha para se tornar o pior mês da pandemia. Com 16 dias transcorridos, detém os 10 dias com mais registros de mortes. Levantamento do Poder360 indica que, mantido este ritmo, março também pode se tornar o mês com mais vítimas de coronavírus por data real. Isso significa que os números elevados observados nas últimas semanas não são apenas de mortes de períodos anteriores que estão sendo confirmadas agora. Mais pessoas estão efetivamente sucumbindo à doença. É o que sugerem dados preliminares do Ministério da Saúde e explicados pelo Poder360 nesta reportagem. ENTENDA A MÉDIA MÓVEL Os números de mortes confirmadas sofrem flutuações. Em finais de semanas e feriados, há menos servidores trabalhando na contabilização dos dados. Os registros diminuem, efeito que se reflete também nas segundas-feiras. O Ministério da Saúde também registrou diversos casos de dados represados no ano passado. As informações acumuladas por 2 dias ou mais, quando atualizadas, criam picos artificiais no número de confirmações. A média móvel suaviza essas variações abruptas. Como ela é calculada: a média móvel em 7 dias, como o nome sugere, consiste em somar o número de mortes confirmadas a cada dia pelo intervalo de 7 dias consecutivos. Depois, divide-se o total por 7. Assim, calcula-se a média de registros diários naquele intervalo de tempo. Queda e alta de mortes: especialistas usam a média móvel para determinar se as mortes estão desacelerando, estáveis ou em alta. Compara-se a média móvel de uma data com o registrado há duas semanas. Se a variação for de -15% ou menos, considera-se que o ritmo de mortes diminuiu. Se for superior a 15%, as mortes estão em ascensão. Caso a variação fique entre esses 2 percentuais (15% e -15%), a progressão é considerada estável. Por essa análise, a média de mortes está estável na Bahia e em Roraima e em queda no Amazonas e Rio de Janeiro. Em todas as outras unidades da Federação, a curva de mortes está em alta. Há limitações nessa análise. Em Estados onde a média móvel está baixa, as variações percentuais são mais elevadas. Por exemplo: se a média móvel é 1 em determinado dia, e no dia seguinte vai para 2, a variação foi de 100%.

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