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O País está à beira de uma revolução social, alerta José Dirceu

“O Brasil precisa se reencontrar com um projeto nacional popular e democrático. A direita liberal só quer tirar o Bolsonaro e, depois, vida que segue. O golpe contra a Dilma foi dado para romper o pacto político, democrático e social”, disse José Dirceu, ex-ministro da Casa Civil, ex-deputado, que foi presidente do PT, em entrevista ao programa “Sua Excelência, O Fato” na manhã desta segunda-feira.

Analisando o início da semana com o mal-estar do mercado financeiro em razão da troca do presidente da Petrobrás, aonde Jair Bolsonaro alojou mais um general no comando da estatal, Dirceu disse aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva que o avanço dos militares sobre o Governo precisa ser contido. “Regredir as conquistas sociais, trabalhistas, o movimento social – é essa a agenda deles”, disse Dirceu. ‘Isso não deu certo no Chile, na Colômbia, no Equador, na Argentina, na Bolívia e todos esses países estão vivendo rebeliões populares de maior ou menor intensidade durante a pandemia. Aqui, não será diferente”.

José Dirceu adverte ainda: “Paulo Guedes vai levar o país a uma revolução social. Escutem o que estou dizendo: haverá rebeliões”.

Além disso, o ex-presidente nacional do PT encara como necessária a manutenção da luta pelo impeachment de Jair Bolsonaro como forma de aglutinar as oposições e manter coeso um grupo que pode construir um pacto nacional em cima de projeto de reconstrução do Brasil. “Nas Diretas, Já, em 1984, o Franco Montoro deu a senha para popularizar o movimento na hora em que liberou as catracas do metrô para quem desejasse ir ao comício da Praça da Sé. E foi, também, a senha para que Tancredo Neves aderisse em Minas. Brizola e Lula já estavam nas ruas. E as Diretas só conquistaram o País a partir dali, dobrando a resistência da mídia conservadora e liberal. A Frente Ampla que se tem de fazer aqui é de baixo para cima da sociedade, como foi no Uruguai”.

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