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“A grande vitória da Democracia será tirar Bolsonaro e Moro do 2º turno”, diz Rodrigo Maia. Ele apoia Lula contra fascistas

Deputado eleito pelo Rio de Janeiro e secretário de Parcerias Público-Privadas do governo João Doria (PSDB) em São Paulo, o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia arrepende-se de ter usado o “argumento” Paulo Guedes para votar em Jair Bolsonaro no 2º turno de 2018 e declara que o grande desafio da Democracia brasileira este ano é tirar tanto o atual presidente quanto o ex-juiz e ex-ministro Sérgio Moro de um eventual 2º turno presidencial em outubro próximo. “Quem estava na política conhecia o Bolsonaro. Não essa loucura toda. Mas, sabia que era um cara sem preparo, sem experiência, sem projeto para o País”, disse Maia aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva no programa Sua Excelência, O Fato, transmitido ao vivo pela TV 247 e pela Plataforma Brasília na manhã desta 5ª feira (55min30seg do vídeo. Link da íntegra da entrevista no final deste texto). “Eu me arrependo de ter votado em Bolsonaro justificando o voto pelo Paulo Guedes. Disso me arrependo. Eu avisava aos empresários, aos meus amigos: vocês vão se arrepender de viabilizar o Bolsonaro”.

Segundo Rodrigo Maia, Bolsonaro e Moro são iguais no desprezo às regras democráticas e às instituições. “Nas últimas semanas eu tenho falado para alguns empresários aqui em São Paulo: o Moro de 2022 é o Bolsonaro de 2018. Não trato nem da questão do autoritarismo, da ocupação do Estado, da ação contra a política e contra as instituições que falo”, afirmou. Ele contou ainda que, nos momentos finais de seu período na presidência da Câmara, foi vítima de ações ilegais da autodenominada “República de Curitiba” e do conluio de procuradores e juízes do Paraná que tentavam orquestrar denúncias contra ele assim como fizeram durante a Lava Jato e contra o PT e o ex-presidente Lula. De acordo com Maia, essas ações ilegais virão à tona em breve, com diálogos obtidos a partir da “Vaza Jato”. “Não quero tratar da Organização Criminosa da qual o Moro fez parte, da milícia que ele comandou, da ocupação do Estado brasileiro, enfim”, desabafou. “Quero tratar da inexperiência. Moro não conhece o Brasil, não conhece os problemas brasileiros”.

O ex-presidente da Câmara assegura que em 2018 tentou fazer com que o DEM, partido ao qual pertencia, o PSDB e o MDB apoiassem Ciro Gomes. Não conseguiu. “Não deu”, resigna-se. “Em 2022, e estou em São Paulo, ajudando o PSDB, apesar da grande relação que construí com os partidos de esquerda – e não abro mão disso! – temos de tentar viabilizar as nossas ideias no nosso campo”, ressalva ele para então ir no coração do fato, o apoio a Lula num eventual 2º turno em 2022: “Mas, não tenho dúvida, que nós todos temos de estar juntos – PSDB, União Brasil, MDB, PT, PSD, PSB, PDT, PCdoB, Psol, PV… – todos os que estão no campo democrático, temos que estar juntos. Em qual momento? Não sei. Temos de estar juntos, contudo, porque a grande vitória da Democracia será tirar Bolsonaro e Moro do 2º turno”. A partir daí, já encerrando o programa, foi enfático: “Essa dúvida sobre em quem votar num 2º turno não existe: estaremos todos juntos contra Bolsonaro e Moro”.

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